domingo, 21 de novembro de 2010

De Stijl (P. Mondrian)

"De Stijl"
(P. Mondrian)

Tive a oportunidade de ver ao vivo duas das inúmeras obra de Mondrian, uma em Sevilha e a outra em Lisboa no CCB. 
A primeira foi em Sevilha tinha eu na altura 14 anos, fui com a minha turma em visita de estudo e ao depararmo-nos com a obra, cuja estrutura era definida por linhas pretas ortogonais, formando rectângulos preenchidos ou não, com cores primárias, amarelo, azul e vermelho, e cores neutras, preto e branco, surgiram instantaneamente reacções depreciativas como por exemplo “isto também eu fazia”, respondendo em seguida e friamente um professor meu “fazias, mas não fizeste”. Essa frase ficou-me marcada na memória e só passados alguns anos compreendi a sua intenção e o seu significado. Temos que encarar a obra de arte, pondo muitas vezes o nosso gosto pessoal de lado e tentar perceber a importância dessa obra no percurso histórico-artístico, a sua originalidade, intencionalidade, comunicabilidade e artisticidade. Penso que só hoje tenho consciência e muito mais depois de ter feito este trabalho, o impacto que Mondrian causou com a sua obra rejeitando, de todo, a sensibilidade individual e o toque pessoal do artista. Não só alcançou como ultrapassou a fronteira extrema da arte tal como era anteriormente entendida, o que o torna único.



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